A liderança vulnerável é um conceito que vai muito além de uma tendência. É uma revolução profunda na forma como os líderes exercem o seu papel. Eles passam a reconhecer que não possuem todas as respostas e cultivam relações de confiança.
Liderança heroica: um paradigma antigo
Durante muito tempo, a liderança era frequentemente associada a uma imagem de heróis infalíveis que lideravam com autoridade. Eles eram vistos como os únicos capazes de inspirar e guiar as suas equipes em direção ao sucesso. No entanto, essa ideia começou a desmoronar.
Por que a vulnerabilidade é necessária
A liderança vulnerável é uma abordagem que valoriza a autenticidade, a humildade e a transparência. Líderes vulneráveis cometem e reconhecem os seus erros. Eles demonstram empatia, compreensão e abertura para ouvir e aprender com os outros.
“O super-herói está ultrapassado porque não protagoniza ninguém, a não ser a si mesmo. O resultado pode até acontecer, mas o líder desenvolveu alguém? A complexidade do mundo contemporâneo exige maior colaboração e engajamento na resolução de problema”, diz Marcos Silvestre, especialista em gente e gestão.
Segundo ele, em um ambiente onde o comando é unilateral, não há contrapartida. “Várias pessoas se sentem frustradas e não participam, só obedecem de forma robotizada. Já a vulnerabilidade cria um espaço para a confiança, a resiliência e, consequentemente, a inovação”, ressalta o trainer da Interhunter Academy.
Mais empatia na liderança
Uma pesquisa global, conduzida pela consultoria Deloitte, revelou que 71% dos funcionários acreditam que a empatia dos líderes é crucial para o sucesso de suas organizações. Ela está intrinsecamente ligada à liderança vulnerável, pois envolve a capacidade de se conectar com o outro e compreender as suas necessidades e os seus sentimentos.
“O líder vulnerável tem coragem e atitude para ampliar a participação do time; torna mais transparente a relação; trabalha sem preconceito com as questões inclusivas e estabelece um ambiente múltiplo, de todos, com todos e para todos. Ele entende que seu papel é servidor”, ressalta Marcos Silvestre.
Como construir uma liderança que assume a sua vulnerabilidade e desenvolve a empatia:
- Sensibilizar: é importante mostrar que, na medida em que continuamos a avançar no século XXI, a liderança vulnerável está se tornando uma característica essencial para líderes eficazes.
Não se trata de fraqueza, mas sim de uma força que permite construir times mais coesas e resilientes.
- Priorizar: as empresas precisam reduzir a alta dependência das habilidades técnicas que, até então, eram o foco de muitos líderes e passar a implementar programas de desenvolvimento de habilidades comportamentais.
As soft skills complementam, equilibram e melhoram as relações interpessoais. Assim, a felicidade, o compromisso com o Social e o propósito passam a ser o meio para se a tingir resultados significativos e gratificantes.
Portanto, se você é líder, a dica é: abandone o heroísmo. Abrace a vulnerabilidade.
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